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24 de Abril de 2024
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    Justiça do Amazonas acata denúncia contra 28 envolvidos na operação Vorax

    há 16 anos

    O juiz substituto da 2ª Vara da Justiça Federal no Amazonas, Ricardo Augusto de Sales, acolheu, ontem, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 28 das 29 pessoas envolvidas na Operação Vorax, deflagrada no dia 20 de maio deste ano, pela Polícia Federal (PF). Na operação, a PF investigou fraude em licitações e desvio de dinheiro público no município de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus).

    Segundo a Justiça Federal no Amazonas, a pauta com as datas em que os envolvidos serão ouvidos deve ser publicada no site da Justiça Federal da 1ª Região ( www.trf1.gov.br ) e estará disponível na próxima segunda-feira.

    Entre os 29 denunciados pelo MPF, dez foram considerados como núcleo corrupto da Prefeitura de Coari. Na denúncia, de 261 páginas, o MPF pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos denunciados e das empresas envolvidas nas fraudes. De acordo com a denúncia do MPF, são 178 licitações fraudulentas realizadas pela administração do prefeito Adail Pinheiro e do então vice-prefeito e atual deputado estadual, José Lobo (PCdoB), entre os anos de 2003 e 2004.

    Segundo a denúncia, as fraudes nas licitações do município atingiram escala industrial. O procurador do MPF responsável pela denúncia, Marcos André Carneiro Silva, disse, semana passada, que as 178 licitações correspondem ao desvio de R$ 25 milhões. O MPF pediu que a Justiça Federal observe nove nomes de envolvidos que contribuíram com as investigações, dando a essas pessoas a chamada delação premiada. Fábio Souza de Carvalho, Sônia da Silva Santos, Carlos William Pontes Bastos, Magno de Lima Raffa, Acilmo da Silva Coelho, Girlanildo da Costa Rodrigues, Edfranco Marinho da Silva, Salustiano Rodrigues de Freitas Junior e Michael Wilkens da Cruz Gonçalves são os beneficiados pela produção antecipada de provas. O procurador da República disse que empresários corajosos confessaram ter vencido licitações sem receber nada por isso.

    Segundo o depoimento do empresário Carlos Willian Pontes Bastos, denunciado pelo MPF, em determinado momento, ele constatou que a empresa dele estava sendo utilizada pelo grupo sem que ele tivesse conhecimento. Por meio de lançamentos tributários, de acordo com a denúncia, William percebeu as transações comerciais com a aquisição de mercadorias.

    Os 29 denunciados, dos quais dez estão presos, são acusados de integrar uma organização criminosa em Coari, que praticava fraudes em licitações, desvio de verbas públicas, sonegação fiscal e exploração sexual infanto-juvenil que, de acordo com a PF, era liderada por Pinheiro.


    www.ro.trf1.gov.br


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